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terça-feira, 31 de julho de 2018

Video sobre Educação Inclusiva

Como muitos de vocês leitores do meu blog já sabem, estou cursando a faculdade de pedagogia e agora estou cursando também o Curso Pequenos Yogis - Educação à distância de Yoga para Crianças.
Ambos os cursos dão uma ênfase importante com relação a Educação Inclusiva.

A entrevista desta postagem foi um portfólio realizado para o curso de pedagogia da Uninter e foi realizado pelas alunas Pérola Machado de Souza e Elizete Nascimento Muniz da Silva.

Sinopse
“Entrevista sobre educação inclusiva”
Esta é uma entrevista que aborda sobre as dificuldades e resistências para que a educação inclusiva seja realmente efetiva na prática. A professora Patrícia Martins é docente das áreas de história e antropologia e foi escolhida para responder a esta entrevista porque leciona há 10 anos no ensino médio e superior no Instituto Federal do Paraná.
As perguntas da entrevista foram elaboradas em cima das dúvidas sobre as estruturas físicas, materiais e resistências por parte dos docentes. Patrícia ensina em uma instituição que é um exemplo a ser seguido por isso traz um pouco da sua experiência para que a inclusão seja realmente efetiva.
Finalmente um questionamento importante respondido pela professora Patrícia é sobre a maior dificuldade da inclusão na prática que começa na intolerância social. Diante da experiência na prática e como testemunha dos bons resultados, esta professora traz ótimas reflexões sobre o tema.
Palavras-chave: Inclusão, dificuldades, intolerância

terça-feira, 26 de junho de 2018

EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA HIPERATIVIDADE




SOUZA, Pérola Machado de 


Resumo

Este estudo caracteriza-se como pesquisa que teve como objetivos compreender sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), bem como verificar como está sendo experimentado pelos professores e psicopedagogos de forma real na educação. São avaliadas e percebidas a diferença entre os termos inclusão, exclusão, segregação e integração e também a compreensão da importância de uma escola inclusiva para a sociedade. Os métodos utilizados foram a observação de uma criança hiperativa numa escola de educação infantil municipal (CMEI), conversa com a professora e pesquisa bibliográfica. A conclusão desse estudo demonstra que na prática a inclusão não está sendo eficiente por fatores estruturais tanto físicos como nas áreas de capacitação.

Palavras-chave: Inclusão, exclusão, hiperatividade.


É preciso compreender a diferença dos termos inclusão, exclusão, segregação e integração para entender e modificar o que está acontecendo de fato com a educação. Na prática a inclusão está levando à exclusão, mesmo com as políticas públicas estarem se mobilizando para ocorrerem as mudanças positivas para que a inclusão realmente aconteça.  O nome do que está acontecendo na realidade é a integração. Na inclusão, a escola propicia o acolhimento, se responsabiliza pelo desenvolvimento do aluno com deficiência, planeja solução, aceita com ele é e integra a família. A exclusão acontece porque na integração (tentativa de inclusão) a responsabilidade do aprendizado é do aluno e da família que muitas vezes é cobrada pela dificuldade de adaptação do aluno, e muitos casos de segregação, ou seja, o aluno não participa das atividades que os outros alunos fazem e acaba sendo deixado de lado. No caso da criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ainda existe a visão de que a criança veio sem limites de casa e não respeita a escola. Na prática professores sofrem com falta de estrutura e capacitação para poderem realizar de fato a inclusão.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das deficiências que mais tira a paciência dos professores uma vez que o hiperativo não dá muito tempo e tranquilidade para o que o professor possa dar sua aula, agita os outros alunos, chama muito a atenção e não fica muito tempo nas atividades como as outras crianças. Visto, por muitas pessoas, como mal educado e sem limites, o TDAH tem como características a combinação da dificuldade de atenção e da agitação motora e não somente hiperatividade. É observado em crianças porque tem início nesta faixa etária e nem sempre continua na vida adulta. Os sintomas do TDAH incluem a impulsividade, pequenos acidentes decorrentes, mudança de foco rápida, impaciência, irritabilidade com pessoas mais “lentas”, dificuldade em terminar tarefas, dificuldade em colocar em prática suas ideias, problemas em se expressar, pouca ou nenhuma tolerância à frustração, problemas com organização, tendência ao isolamento e necessidade de adrenalina.
Na sala de aula, o hiperativo agita as mãos ou pés com frequência, abandona sua cadeira, corre, escala pelas carteiras e cria situações inapropriadas. A criança com TDHA fala demais e não espera as perguntas serem completadas. Uma das maiores dificuldades é aguardar a sua vez para as atividades. Sofre de ansiedade excessiva e interrompe ou intromete-se em assuntos alheios. Isso resulta em dificuldade em aprender sendo desconcentrado e apresentando  dificuldade de memória.
Apesar de todos os problemas citados acima, a criança com TDHA tem potencialidades que se forem bem aproveitadas resultarão em adultos felizes, realizados e produtivos. São potencialidades que demonstram que a criança com TDHA tem pensamentos originais e que possui muitos talentos criativos. Altamente intuitivos e afetivos, a criança com essa deficiência tem um jeito diferente de encarar a própria vida e tem um comportamento generoso. Geralmente tem uma inteligência acima da média e se algo lhe agradar conseguirá ter um ótimo foco. Os adultos com esse transtorno podem ser muito bem sucedidos pois são criativos, espontâneos e proativos. Sua impulsividade também leva a ser uma pessoa mais decidida e a hiperatividade pode ser uma fonte excelente e inesgotável de energia. Apesar disso, como é uma criança que apresenta muita dificuldade de adaptação, a taxa de punição, suspensão e expulsão escolar é três vezes maior do que a dos demais alunos. Sendo assim a segregação é muito visível nesse tipo de deficiência e a exclusão é a principal consequência.
Segundo o blog aprendizagem tdah, o papel do professor e da escola é apoiar o tratamento que é feito por psicoterapia e nutricionista (é comprovado que determinados alimentos deixam as crianças mais agitadas). Em sala de aula é necessário que o professor trabalhe com rotinas claras e previsíveis, que a sala seja organizada de forma circular, a criança precisa ficar perto do professor que deve colocar limites claros e objetivos. A criança com TDHA deve ficar afastada de portas e janelas para evitar distrações e sempre manter contato visual com o professor. As atividades devem ser intercaladas em alto e baixo interesse e as aulas devem ser mais estimulantes e curtas para prender a atenção do aluno. Finalmente o professor precisa manter contato com a família e com o psicoterapeuta para que juntos consigam colocar em prática a inclusão e não apenas integrar a criança com TDHA que poderá no final disso tudo terminar frustrada se não tiver vontade, compreensão e paciência por parte dos profissionais.
Referências
Inclusão escolar: um desafio Esteban Reyes Celedón
http://teleduc.proinesp.ufrgs.br/cursos/diretorio/tmp/72/portfolio/item/70/inclusao.htm. Acesso em: 11 jul. 2016.